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STJ ordena prisão de desembargadores do TRT-RJ ligados ao governador afastado Witzel

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O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) cumprem, nesta terça-feira (2), novas medidas cautelares contra agentes públicos e privados investigados por participação em organização criminosa com atuação no governo estadual do Rio de Janeiro. O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho no Estado (TRT-RJ), Marcos Pinto da Cruz, foi preso e outros três desembargadores são procurados.

Ao todo, são 11 mandados de prisão preventiva e 26 de busca e apreensão, determinados pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Nancy Andrighi. A magistrada é a relatora de uma nova frente de investigação instaurada a partir do desmembramento de outros casos em curso no Tribunal.

Entre os alvos da Operação Mais Valia estão desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e advogados ligados ao governador afastado, Wilson Witzel (PSC). A investigação apura o pagamento de vantagens indevidas a magistrados que, em contrapartida, teriam beneficiado integrantes do esquema criminoso.

As medidas cautelares, cumpridas no Rio de Janeiro, decorreram de vasto acervo de provas apontando para a prática de crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Mandados de prisão

Quatro desembargadores são alvos de prisão: Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues, Fernando Antônio Zorzenon da Silva (ex-presidente do TRT-RJ), José da Fonseca Martins Junior (ex-presidente do TRT-RJ) e Marcos Pinto da Cruz.

Também possuem mandado de prisão preventiva: Eduarda Pinto da Cruz, irmã e operadora de Marcos Pinto da Cruz; Marcello Cavanellas Zorzenon da Silva, filho e operador de Fernando Antônio Zorzenon da Silva; Leila Maria Gregory Cavalcante de Albuquerque, esposa e operadora de Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues; Sônia Regina Dias Martins, operadora de José da Fonseca Martins Júnior; o advogado Pedro D’Alcântara Miranda Neto; o empresário Manoel Messias Peixinho e sua esposa Suzani Andrade Ferraro.

Investigações

Desde o ano passado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiga a existência de esquemas criminosos com a participação do chefe do Executivo Estadual, já afastado do cargo. Ao todo, já foram apresentadas três denúncias ao STJ contra Witzel, a esposa, Helena, e outros envolvidos nos crimes já apurados. Entre os casos investigados estão desvios de recursos públicos destinados ao enfrentamento da epidemia da covid-19.

Wilson Witzel foi afastado do cargo em agosto do ano passado, por ordem do ministro Benedito Gonçalves, relator do inquérito principal contra ele. Em setembro, a ordem foi referendada pela Corte Especial do STJ. A primeira denúncia oferecida contra o governador já foi recebida por unanimidade pelos ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.

Com informações do MPF e G1

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