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João Ferreira

Editor da JuriNews

joaoferreira@jurinews.com.br

OS PADRINHOS DA VAGA DO TST: Queda de braço entre Lira e Renan expõe candidatos e incomoda OAB

Mais uma briga política na conta. O presidente da Câmara, Arthur Lira, entrou em disputa com o senador Renan Calheiros para emplacar seu candidato em vaga reservada aos advogados para ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

De acordo com a lista divulgada pela OAB, as inscrições foram deferidas para 21 homens e 7 mulheres e, entre os candidatos viáveis, está o advogado Adriano Avelino, candidato do presidente da Câmara dos Deputados que trabalha pela nomeação do seu advogado particular.

Porém, o candidato enfrenta a preferência de outro alagoano, o advogado Fernando Paiva, apoiado pelo senador Renan Calheiros.

Nesta disputa, comenta-se que Paiva tem um currículo com mais serviços prestados à Ordem do que seu conterrâneo Avelino.

Por outro lado, com dois alagoanos eventualmente dentro da lista sêxtupla, algumas Seccionais da OAB, representadas pelos presidentes estaduais e conselheiros federais, poderão se sentir desconfortáveis ou desprestigiadas por cederem suas vagas a um único estado.

Mas, segundo o presidente nacional da OAB, Beto Simonetti, como se trata de processo de eleição com os votos de 81 conselheiros federais, todos que tiveram seus pedidos de inscrição deferidos podem concorrer democraticamente.

E o Conselho Federal da OAB não se pautará a pressões externas para a formação da lista sêxtupla, afinal a escolha nessa fase é da advocacia, conforme foi enfatizado por Simonetti em seu recente discurso na sessão que elegeu a lista sêxtupla para o STJ: “Esta vaga não pertence a um ou a outro advogado, mas a mais de 1,3 milhão de advogados. Portanto, esperamos que aquele ou aquela que chegar lá possa honrar a confiança da advocacia”.

Posteriormente ao processo eleitoral de formação da lista sêxtupla, haverá a redução pelo TST para uma lista tríplice definida pelos ministros daquela Corte. A escolha final do futuro ministro ou ministra na vaga da advocacia caberá ao presidente Lula.

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