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ELEITO E DIPLOMADO : Ao receber diploma, Lula diz que democracia no país foi “reconquistada”

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Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) receberam os diplomas de presidente e vice-presidente, respectivamente, nesta segunda-feira (12) em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.

O evento foi conduzido pelo presidente da Corte, Alexandre de Moraes, que foi aplaudido de pé ao ingressar no plenário do tribunal. Lula também recebeu muitos aplausos e ouviu cantorias de ‘olê, olê, olê, olá… Lula, Lula’ quando iniciou seu discurso, ocasião na qual se emocionou e foi às lágrimas.

Além de Moraes, participaram da mesa de honra da cerimônia de diplomação a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber; os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; o vice-presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski; os ministros da Corte Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Sérgio Banhos e Carlos Horbach; o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras; e o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti.

DISCURSO COM VOZ EMBARGADA

“Esse não é o diploma de Lula presidente, é o diploma de parcela significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia nesse País. Vocês ganharam esse diploma”, disse Lula ao iniciar seu discurso.

Ao mencionar o diploma, Lula se emocionou, chorou e seguiu o discurso com a voz embargada, sendo muito aplaudido pelos presentes. 

“Na primeira vez da diplomação, eu lembrei da ousadia do povo em conceder para alguém, tantas vezes questionado por não ter diploma universitário, o diploma de presidente”, afirmou.

“Peço desculpas pela emoção. Quem passou o que eu passei nesses últimos anos e está aqui agora é a certeza de que Deus existe”, acrescentou. “Eu sei o quanto custou não apenas a mim, mas o quanto custou ao povo brasileiro essa espera para que pudesse reconquistar a democracia nesse País”, completou.

“Quero dizer que, muito mais que a cerimônia de diplomação de um presidente, essa é a celebração da verdadeira democracia. Poucas vezes na história recente desse país a democracia esteve tão ameaçada. Poucas vezes na nossa história a vontade popular foi tão colocada à prova e teve que vencer todos os obstáculos para, enfim, ser ouvida”, seguiu Lula. 

“A democracia não nasce por geração espontânea, ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um e a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos. Mas além de semeada, cultivada e cuidada com muito carinho, a democracia precisa ser, todos os dias, defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeita-la a seus interesses financeiros e ambições de poder”.

ELOGIOS AO TSE E STF

O presidente diplomado acrescentou ainda que não faltou quem defendesse a democracia no Brasil e elogiou o TSE e o Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor ao invés de ódio, a verdade ao invés da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (aplaudido), que enfrentaram todas ofensas, ameaças e agressões para fazer a soberania do voto popular”.

“Cumprimento a cada ministro do STF e STE pela firmeza na defesa da democracia e na lisura do processo eleitoral nesses tempos tão difíceis. A história há de reconhecer sua coerência e a fidelidade á Constituição”.

INDÚSTRIA DE MENTIRAS

Na fala, Lula afirmou ainda que a eleição deste ano não foi entre candidatos de partidos políticos com programas distintos, mas entre duas visões de mundo e de governo.

“De um lado, o projeto de reconstrução do País, com ampla participação popular. Do outro lado, um projeto de destruição do País, ancorado no poder econômico e numa indústria de mentiras e calúnias jamais vistas ao longo da nossa história”.

“Não foram poucas as tentativas de sufocar a voz do povo e a democracia. Os inimigos da democracia lançaram duvidas sobre as urnas eletrônicas, cuja confiabilidade é reconhecida há muito tempo em todo o mundo. Ameaçaram as instituições, criaram obstáculos de ultima hora, para que eleitores fossem impedidos de chegar em seus locais de votação. Tentaram comprar o voto dos eleitores com falsas promessas e dinheiro farto, desviado do orçamento público. Intimidaram os mais vulneráveis com ameaças de suspenção de benefícios e os trabalhadores com risco de demissão caso contrariasse os interesses de seus empregadores”, completou. 

“Quando se esperava um debate político democrático, a nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais. Eles semearam a mentira e o ódio e o País colheu uma violência política que só se viu nas páginas mais tristes da nossa história. E, no entanto, a democracia venceu”.

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