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Desembargador amplia sanção a plano de saúde por negativa de cirurgia

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A Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN) ampliou a sanção ao plano de saúde Unimed Natal em um processo movido por um cliente e determinou, além da realização de cirurgia em seu maxilar, o pagamento de indenização pelos danos morais causados.

No processo originário da 5ª Vara Cível da Comarca de Natal, o plano de saúde demandado já havia sido condenado a efetuar “os procedimentos de osteotomias segmentares da maxila e osteotomias alvéolo-palatinas”, bem como a “fornecer os materiais prescritos pelo médico do demandante”, em razão de um acidente automobilístico por ele sofrido.

Agora, com o julgamento do recurso em segunda instância, o plano foi também condenado a pagar o valor de R$ 5 mil a título de danos morais.

Ao analisar o caso, o desembargador Cláudio Santos, relator do acórdão, destacou inicialmente que os contratos de plano de saúde “submetem-se ao Código de Defesa do Consumidor”. E fez referência a súmula 469 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao explicar que as cláusulas desses contratos “devem respeitar as formas de elaboração e interpretação contratual previstas na lei consumerista”.

Em seguida, o desembargador frisou que devido ao grave quadro clínico do usuário do plano de saúde e diante do fato de restar comprovada a urgência pela especialista que o atendeu, cabia ao plano “deferir o tratamento com a brevidade que o caso exigia”.

E acrescentou que a cooperativa de saúde não tem poderes para decidir sobre quais tipos de procedimento médico (ou materiais a serem empregados na cirurgia) são os mais adequados ao usuário. Uma vez que a escolha da melhor técnica a ser adotada pertence ao profissional assistente do paciente.

Ampla cobertura

O magistrado esclareceu também que, de acordo com o artigo 199 da Constituição Federal, os serviços médicos, prestados pela iniciativa privada, devem ser executados com ampla cobertura, “salvaguardando a vida do usuário, a fim de garantir-lhe o pronto restabelecimento de sua saúde”.

Por fim, em relação aos danos morais causados, o magistrado de segunda instância ressaltou que o comportamento “reprovável da cooperativa de saúde intensificou a situação aflitiva e penosa suportada pelo demandante, evidenciando o dever de indenizar”.

Com informações do TJ-RN

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