English EN Portuguese PT Spanish ES

Livraria Cultura pede suspensão do decreto de falência na Justiça

jurinews.com.br

Compartilhe

A Livraria Cultura entrou com um recurso pedindo a suspensão da falência da companhia, determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na semana passada. A falência da livraria e da 3H Participações, holding não operacional da qual partiam as decisões do grupo foi decretada pelo juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo (TJ-SP), no último dia 9. 

Em sua decisão, o magistrado destacou que as empresas descumpriram o aditivo ao plano de recuperação judicial e não prestaram informações de maneira completa, o que fez com que não fosse possível verificar “perspectiva para a superação da crise”.

Na decisão, o magistrado exonerou a atual administradora judicial, a seu pedido, sendo nomeado outro escritório para a função. Outras determinações também constam na sentença, como a suspensão das ações e execuções contra a falida, proibição de atos de disposição ou oneração de bens da falida, bloqueio de ativos, entre outras.

No recurso, a Cultura reconhece que atrasou pagamentos previstos no plano de recuperação por causa da pandemia e de seus impactos econômicos no país, porém, argumenta que está em dia com seus compromissos financeiros que estariam apontados como pendentes. A longa lista de credores inclui grandes bancos e varejistas até micro e pequenas empresas com que a livraria teria débitos de menos de R$ 6 mil que, segundo a empresa, estariam recebendo pagamentos. A exceção é o Banco do Brasil com quem a livraria estaria buscando uma negociação direta.

Batalha judicial

No pedido de recuperação judicial, a empresa declarou ter R$ 285,4 milhões em dívidas.

Em suas razões para o pedido de recuperação judicial, a Cultura argumentou que sua crise financeira era fruto de “profunda crise econômica enfrentada pelo país desde meados de 2014, a queda da demanda entre os consumidores brasileiros pela aquisição de livros e pelo desenvolvimento do interesse pela leitura como hobbie na população, assim como o aumento nos custos de produção, os quais aduziram as empresas que não poderiam ser repassados ao produto final, razão pela qual foi necessária a estagnação dos preços dos produtos, bem como foi preciso que a empresa Livraria Cultura S.A. suportasse quase integralmente a pressão inflacionária, reduzindo as margens de lucro e faturamento”.

A companhia relembrou ainda que, em 2017, na tentativa de expandir suas atividades, o Grupo Cultura fez três grandes medidas em suas atividades: (i) incorporou a subsidiária brasileira (F. Brasil LTDA.) e as respectivas operações da multinacional francesa Fnac, avançando para outros nichos de mercado, como a venda de eletrônicos; (ii) fechou parceria com o Mercado Livre para a comercialização de mais de 30 mil produtos de seu portfólio por meio dessa plataforma de comércio eletrônico; e (iii) adquiriu o controle da Estante Virtual, uma plataforma eletrônica de comercialização de livros usados.

Com informações do InfoMoney

Deixe um comentário

TV JURINEWS

Apoio

Newsletters JuriNews

As principais notícias e o melhor do nosso conteúdo, direto no seu email.