O advogado visto agredindo verbalmente uma estagiária do Tribunal de Justiça de Bahia (TJ-BA), conforme mostrado pela JuriNews, enviou uma nota de esclarecimento após a grande repercussão do episódio nas redes sociais.
Mateus Lima Souza reconheceu que se excedeu após ‘sucessivas tentativas de promover o andamento de um processo’ na 1ª Vara de Sucessões de Salvador. Ele ainda pede ‘uma retratação à estagiária, que erroneamente foi designada para exercer função própria de servidores do quadro permanente do TJBA’ e esclarece que interveio ‘na videoconferência que estava sendo realizada pelo meu advogado associado, Dr. Phelipe Ramalho (salientando que embora conste o seu nome e OAB no vídeo veiculado, o fato não guarda relação com o mesmo)’.
O advogado conclui sua manifestação externando ‘indignação, como integrante da advocacia baiana, quanto ao tratamento desdenhoso dispensado por uma parcela de servidores do judiciário baiano,…desaguando, muitas vezes, na adoção de atitudes extremas não condizentes com a essência do profissional’.
Confira a nota na íntegra:
“Eu, Mateus Lima Souza, advogado, venho a público prestar esclarecimentos pelo ocorrido, em 10/04/2023, no balcão virtual do 1º Cartório Integrado de Sucessões de Salvador/BA. Após sucessivas tentativas de promover o andamento processual, eis que já decorrido longo período de tempo desde a data do protocolo físico referente ao pedido de desarquivamento dos autos e em virtude das recorrentes respostas vagas por parte do referido Cartório, intervi na videoconferência que estava sendo realizada pelo meu advogado associado, Dr. Phelipe Ramalho (salientando que embora conste o seu nome e OAB no vídeo veiculado, o fato não guarda relação com o mesmo), ao receber mais uma resposta evasiva, em um impulso, reconheço ter me excedido, momento em que venho tornar pública minha sincera retratação à estagiária, que erroneamente foi designada para exercer função própria de servidores do quadro permanente do TJBA. Na oportunidade, externo minha indignação, como integrante da advocacia baiana, quanto ao tratamento desdenhoso dispensado por uma parcela de servidores do judiciário baiano, tanto aos advogados quanto aos jurisdicionados, o que somente contribui para a instalação da morosidade e do descrédito, desaguando, muitas vezes, na adoção de atitudes extremas não condizentes com a essência do profissional e mesmo do usuário do serviço público”.
