English EN Portuguese PT Spanish ES

OAB-SP vai promover marcha contra misoginia para pedir providências imediatas da Alesp sobre Arthur do Val

jurinews.com.br

Compartilhe

A OAB São Paulo está convocando a advocacia e a sociedade paulista para uma marcha contra a misoginia para exigir providências imediatas da Assembleia Legislativa de São Paulo em relação às falas do deputado estadual Arthur do Val (Podemos). O ato será realizado nesta segunda-feira (7), às 16h, com saída do Monumento às Bandeiras até a sede da Alesp.

Na ocasião, será protocolada uma representação junto à Alesp pedindo apuração e sanção da conduta do deputado. A representação será assinada em conjunto com as deputadas de todos os partidos representados naquela casa legislativa.

Arthur do Val, conhecido como ‘Mamãe Falei’, teve áudios divulgados sobre as mulheres ucranianas, após sua passagem na última semana pelo país que está em guerra com a Rússia. Ele disse que as ucranianas são “fáceis porque são pobres”, entre outras falas.

Em nota de repúdio, a OAB-SP afirmou que o deputado “adotou postura sexista, misógina e desrespeitosa em relação a um grupo já vulnerável e fragilizado” e disse que “trata-se de demonstração revoltante de opressão de gênero e que merece resposta imediata”.

A presidente da OAB-SP, Patrícia Vanzolini, também externou sua opinião sobre o lamentável episódio e cobrou providências da Alesp por considerar que misoginia não é compatível com decoro parlamentar.

“Para quem ainda não entendeu o que é machismo estrutural, eis a aula da vida real. Machismo estrutural é o que permite a um homem falar em “turismo para pegar loira”, “são fáceis porque são pobres”, “as cidades pobres são as melhores”, entre outras escatologias com tanta naturalidade. Pois não é natural! Não é natural falar de mulheres como pedaço de carne barata, não é natural ter um coração empedrado e frio incapaz de enxergar o sofrimento das mulheres na fila dos refugiados. E quando se trata de um parlamentar no contexto de uma viagem para fins supostamente humanitários é simplesmente inaceitável e abjeto. A OAB-SP se solidariza com as mulheres e pede providências imediatas da Assembleia Legislativa de SP”, escreveu Vanzolini nas redes sociais.

Deixe um comentário

TV JURINEWS

Apoio

Newsletters JuriNews

As principais notícias e o melhor do nosso conteúdo, direto no seu email.