O Ministério Público do Trabalho (MPT) formalizou, em portaria do dia 14 de outubro, a criação do Grupo Especial de Atuação Finalística (GEAF) para investigar denúncias de assédio moral organizacional praticados pela operadora de saúde Prevent Senior em relação aos profissionais da saúde vinculados a ela.
O grupo de cinco procuradores e procuradoras do Trabalho estão atuando para esclarecer indícios de que médicos da operadora de saúde teriam sido coagidos a receitar e distribuir a todos os internados com a Covid-19, mesmo sem o consentimento dos pacientes e de seus familiares, medicamentos não indicados para o tratamento da doença, inclusive com o monitoramento da entrega de “kits Covids” e a dispensa dos profissionais que se recusavam a fazê-lo.
Outra denúncia que está sendo apurada paralelamente, diz respeito a obrigação imposta a profissionais da saúde com diagnóstico confirmado de Covid-19 continuarem trabalhando na linha de frente.
O assédio moral organizacional se configura pela “prática sistemática e reiterada de variadas condutas abusivas e humilhantes, que podem ser sutis ou explícitas, direcionadas para todos os funcionários ou para alvos determinados, a partir de um objetivo, que visa manipular trabalhadores e trabalhadoras por meio de uma política organizacional ou gerencial estabelecida pela empresa”.
O prazo dado para a conclusão dos trabalhos é de um ano, prorrogável por mais um.
Com informações do MPT