A advogada Maria Claudia Bucchianeri tomou posse como ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (3). Em 89 anos de TSE, ela é a nona mulher a ocupar uma cadeira na Corte Eleitoral. Caberá a ela e a outros ministros substitutos julgar ações de propagandas e campanhas eleitorais no ano que vem.
Em meio à crise entre o Poder Judiciário e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, defendeu “juízes corajosos” em defesa da democracia.
“Tenho certeza de que ela irá honrar a magistratura nacional neste momento em que precisamos de juízes corajosos para a proteção da democracia e assegurar a firmeza das instituições”, disse Barroso após empossar a nova ministra.
Bucchianeri foi nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro e contava com o apoio de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, para quem já advogou.
Com trânsito político plural, a nova ministra também já defendeu o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e atuou na campanha do ex-presidente Lula.
Lista composta exclusivamente por mulheres
Pela primeira vez, o TSE apresentou uma lista tríplice formada apenas por juristas mulheres, uma iniciativa do presidente da Corte Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso. Em seu discurso, o presidente do TSE reforçou a importância de mais mulheres terem uma cadeira na Corte. Até hoje, apenas 8 mulheres foram ministras do TSE.
“Uma qualidade muito elevada, mas uma quantidade muito diminuta para os 89 anos da Justiça Eleitoral. Nós vivemos num mundo que busca o pluralismo, a igualdade e a diversidade de gênero”, disse Barroso.
Maria Claudia Bucchianeri é mestra em Direito e Estado pela Universidade de São Paulo e especialista em Direitos Fundamentais pela Universidade de Coimbra.
Ela foi assessora-chefe da presidência do TSE na gestão do ministro aposentado do STF, Ayres Britto. Atualmente, é vice-presidente da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania (Ablirc) e secretária-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep). A nova ministra foi nomeada para uma das vagas do TSE destinadas a juristas.
Com informações da CNN Brasil