Com o propósito de oferecer um ambiente de apoio e empoderamento a mulheres e adolescentes vítimas de violência doméstica ou em situação de risco social, a Comarca de Porto Grande realiza – nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2023 – o “Projeto Social Fios de Esperança”.
A ação, coordenada pela a titular da Vara Única da Comarca, juíza Marcella Peixoto Smith, consiste em oficina da técnica “Amigurumis”, habilidade de crochê japonesa. A iniciativa também visa profissionalizar habilidades das cidadãs para gerar renda e criar independência financeira deste público-alvo.
O Projeto Social Fios de Esperança terá duas turmas, com 15 pessoas cada. As aulas serão ministradas por uma profissional especialista em Amigurumis, no Fórum da Comarca de Porto Grande e as oficinas estão programadas para os dias 16, 18, 23 e 25 de outubro de 2023, nos horários das 13h30 às 15h e das 15h30 às 17h.
Durante o período do projeto, as participantes manterão contato entre si e com a professora por grupo de WhatsApp, com vistas a compartilhar o desenvolvimento do aprendizado e dos trabalhos. Nos dias de oficinas também serão realizadas sessões de círculo restaurativo para a criação de um ambiente de confiança e apoio emocional.
Em novembro, a qualificação será realizada nos dias 20, 22, 27 e 29. Já no mês de dezembro, o curso será promovido nos dias 04 e 06, no mesmo local e horários.
De acordo com a juíza titular da comarca, a ação contará com parcerias com a Assistência Social do Município e outras organizações locais, que tenham contato com vítimas de violência doméstica e adolescentes em situação de risco. Marcella Peixoto Smith ressaltou que, além da capacitação, será criada uma rede de apoio, com a realização de atendimentos de assistentes sociais e círculos restaurativos para o público alvo.
“Por meio de oficinas de Amigurumis, o projeto proporcionará uma oportunidade para essas mulheres e jovens aprenderem uma habilidade criativa, construírem confiança e criarem uma fonte de renda independente. O projeto visa transformar vidas, espalhar esperança e construir um futuro mais brilhante para as participantes e para a comunidade como um todo”, comentou a juíza.
Amigurumi é a arte japonesa de produzir, com técnicas de crochê, bonecos, bichinhos ou estatuetas em “3D”. Difere do crochê tradicional, porque, enquanto este possui uma forma plana, em “2D”, o amigurumi é tridimensional. Os trabalhos também se iniciam de maneira diferente: o amigurumi começa a partir do chamado “círculo mágico” e o crochê tradicional se inicia na forma das conhecidas correntinhas.
A seleção foi feita por meio dos processos judiciais afetos à temática de violência doméstica e por meio de encaminhamentos feitos pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), Defensoria Pública e Ministério Público Estadual.
Ao final do Projeto, será organizada uma exposição com os Amigurumis criados pelas participantes, para que compartilhem o trabalho com a comunidade. A mostra ocorrerá no dia 15 de dezembro de 2023. Serão confeccionados e encaminhados convites virtuais para familiares e amigos das participantes e para patrocinadores. Serão expedidos e entregues certificados para entrega aos participantes que concluírem as oficinas.