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Juiz é afastado do trabalho por suspeita de importunação sexual contra colegas no RS

jurinews.com.br

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A Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) decidiu pelo afastamento do juiz Odijan Paulo Gonçalves Ortiz do fórum em que atuava após denúncias de assédio sexual contra colegas de trabalho.

Sob sigilo, a investigação do magistrado ocorria desde maio deste ano no TJRS e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

De acordo com os documentos da investigação, o magistrado foi denunciado por quatro mulheres que atuam na mesma comarca que Ortiz poucos dias após ele tomar posse como juiz, em 2022. Elas preferiram não ser identificadas.

Uma delas contou aos juízes-corregedores sobre os olhares que recebia dele no local de trabalho e que, em uma ocasião, precisou cobrir a blusa, na região dos seios, com um papel para que o magistrado parasse de observá-los.

“Ele ficou olhando para o meu seio. Eu peguei um papel, estava anotando e fiz isso. Não tinha decote, não tinha nada. Estava no inverno. Eu fiz isso ao perceber que ele estava olhando. Aí, ele se tocou e disse: desculpa, a trama dessa sua blusa é muito linda”, disse.

A conduta inapropriada constante de Ortiz causou medo em uma das mulheres.

“Ficou só eu e ele na sala. Eu estava sentada na cadeira, terminando o termo e ele sentado do meu lado. E aí ele começou a vir mais para perto de mim. Eu colocava a cadeira para trás. Ele seguia vindo para perto de mim. E aí foi quando ele veio bem pertinho de mim e saí pra trás”, relata.

Segundo outra mulher, o comportado do magistrado fez com que ela mudasse a sua rotina diária para evitar encontrá-lo a caminho do trabalho.

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