A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Estadual (MPRJ) deflagraram nesta segunda-feira (18) a Operação Batismo, para apurar a participação e a articulação política desempenhada por uma deputada estadual do Rio de Janeiro.
Segundo a investigação, ela e uma assessora atuaram em benefício de uma milícia com atuação na zona oeste do Rio. O nome da parlamentar não foi divulgado até a última atualização desta reportagem.
A ação é um desdobramento da Operação Dinastia, deflagrada pela PF em agosto de 2022, com o objetivo de desarticular organização criminosa formada por milicianos com atuação na zona oeste do Rio.
Cerca de 40 policiais federais cumprem oito mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), nos bairros de Campo de Grande, Santa Cruz e Inhoaíba, todos na zona oeste, bem como em gabinete na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Além dos mandados, a Justiça determinou o afastamento imediato das funções legislativas, proibição de manter contatos com determinados agentes públicos e políticos, bem como proibição de frequentar a Casa legislativa.
As investigações apontam a participação ativa de uma deputada estadual e de sua assessora na organização criminosa, especialmente na articulação política junto aos órgãos públicos para atender os interesses do grupo miliciano, investigado por organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, homicídios, além de extorsão e corrupção.
O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) em conjunto com Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Procuradoria Geral de Justiça – PGJ.
O nome da operação está associado à alcunha “madrinha”, maneira como lideranças do grupo criminoso intitulam a parlamentar.
Com informações do Metrópoles