Os deputados estaduais Rodrigo Farias e Sileno Guedes, membros do PSB, entraram com uma ação de tutela provisória de urgência na Justiça Estadual contra o encerramento das atividades do Hospital de Retaguarda em Neurologia (HRN), localizado na Zona Oeste do Recife. A unidade, que está sem receber pacientes há uma semana, está programada para fechar no próximo sábado (30) devido a uma “reestruturação” determinada pelo governo estadual, atualmente liderado pela governadora Raquel Lyra (PSDB).
A ação foi protocolada na Vara da Fazenda Pública do Recife com o objetivo de manter o funcionamento do HRN, uma unidade criada há pouco mais de um ano e considerada essencial pelos deputados para aliviar a demanda da área de neurologia nos Hospitais da Restauração (HR) e Pelópidas Silveira.
Médicos do HRN relatam que não estão admitindo novos pacientes desde o dia 15, enquanto profissionais do HR afirmam que a ala de emergência neurológica está lotada, com aproximadamente 60 pacientes aguardando atendimento nos corredores.
Rodrigo Farias criticou o fechamento do HRN, classificando-o como um absurdo, especialmente por se tratar de um hospital tão importante que tem desempenhado um papel fundamental em fornecer assistência neurológica digna para os residentes de Pernambuco. Sileno Guedes, líder da oposição na Assembleia Legislativa e presidente do PSB em Pernambuco, afirmou que não há justificativa para fechar um hospital e mencionou a indignação geral manifestada durante uma visita ao Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe). Eles entraram com a ação para garantir a continuidade desse serviço vital para o sistema de saúde do estado.
Na ação, os deputados argumentam que o direito à saúde está garantido pela Constituição Federal e afirmam que a decisão de fechar o Hospital de Retaguarda em Neurologia terá enormes impactos na assistência à saúde e na vida da população pernambucana.
O HRN possui 75 leitos de enfermaria e 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A Secretaria Estadual de Saúde (SES), em nota, explicou que a readequação dos leitos se deve à proximidade do fim do estado de emergência decorrente da pandemia da Covid-19, previsto para o próximo dia 30 de junho.
