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A necessária missão de interiorizar as ações da OAB pelo país

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Qualquer iniciativa que tenha a pretensão de ser representativa, traz consigo a premissa de estar sempre ao lado de seu representado. A Ordem dos Advogados do Brasil, como órgão de representação da advocacia, não se furta ao desafio que, no país, significa presença em todos os 5.568 municípios de seu vasto território. E, mesmo que a tecnologia tenha reduzido as distâncias a um toque no telefone celular, o contato físico continua sendo primordial.

Chegar aos recantos de nossa pátria continental não é tarefa fácil, mas sempre necessária. E por acreditar que oferecer ambientes satisfatórios de trabalho para cada advogada e para cada advogado é uma ação democrática e parte de nossa missão como homens e mulheres de Ordem, apostamos na qualificação de nossa estrutura para acolher os profissionais.

Nesse sentido, a gestão do presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, destaca-se por colocar em prática o conceito de que não há advogado de primeira ou segunda classe. Todos devem ter condições de desempenhar sua vocação.

No início de março, materializamos um projeto iniciado ainda em 2016, quando presidi a seccional de Mato Grosso da OAB. Foi naquele ano, durante meu primeiro mandato, que decidimos dar início ao sonho da construção da nova sede da subseção de Sinop, importante núcleo da advocacia mato-grossense. Sete anos depois, tive o privilégio de reiterar que, sim, Sinop concentra o dom, a potência e a história que está no DNA da advocacia do Estado, ao inaugurar sua sede.

No local, há salas para o advogado atender seus clientes, computadores com acesso à internet, auditório e espaços para a realização de cursos e qualificações. Projeto que valoriza, sobremaneira, a segunda maior subseção do Estado, e que teve o apoio das presidentes da seccional da OAB-MT, Gisela Cardoso, da subseção de Sinop, Xênia Guerra, e da coordenadora-adjunta de Interiorização da Advocacia, Claudia Pereira Braga Negrão.

É importante lembrar que a criação de ambientes institucionais acolhedores para a advocacia é fundamental à difusão de conhecimento, à promoção da cultura e ao estímulo do pensamento sobre o destino da sociedade. E os números demonstram essa dimensão. Entre os mais de 1,3 milhão de advogadas e advogados brasileiros, 50,4% atuam em cidades do interior e necessitam desse olhar mais apurado.

Por isso mesmo, é importante destacar o mês de março como marco também para as subseções de Xinguara, no Pará, e de Taguatinga, no Distrito Federal. Ambas passaram a contar com novas sedes a partir de ações de interiorização, que têm em João de Deus Quirino Filho, coordenador nacional de Interiorização da Advocacia, um ferrenho defensor.

A Constituição consagra a advocacia como indispensável à administração da Justiça e, portanto, temos muito a celebrar em cada qualificação de subseção, em especial, no interior de nossos estados. Podemos dizer que a argamassa que consolida esses espaços é constituída, sobretudo, pela dimensão ética, moral e existencial em busca da Justiça em nosso país.

Rui Barbosa, morto há um século, mas que segue vivo como patrono da advocacia e com suas ideias ainda modernas, ensinou que “não há nada mais relevante para a vida social que a formação do sentimento da justiça”. Hoje, por meio do abrangente plano de interiorização da OAB Nacional, concretizamos esse pulsante sentimento de Justiça.

Leonardo Campos é advogado, diretor-tesoureiro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ex-presidente da OAB-MT por dois mandatos (2016-2019/2019-2021).

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