Em 2022, João de Assis Pinto Neto foi assassinado por Ronaldo Gomes de Araújo, Ricardo Gomes de Araújo, Vinícius Ricardo de Araújo da Silva e João Marcos de Araújo. Na ocasião, a vítima foi a um depósito de bebida fazer fiscalização e os acusados submeteram João a diversas formas de violência. Um menor de idade conhecido como “Pintinho” também teria colaborado na execução do crime.
Na hora do crime, um dos réus, João Marcos, teria fechado uma das portas do estabelecimento durante as agressões para auxiliar os outros acusados. Já Maria Selma Gomes Meira, mãe de três dos acusados, ajudou seus filhos a limpar o sangue da vítima e levar o corpo até um canavial, onde foi incinerado.
O magistrado Geraldo Cavalcante Amorim, da 9ª Vara Criminal da Capital, decretou que os acusados sejam levados a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
A quinta ré, Maria Selma Gomes Meira, enfrentará julgamentos pelos crimes de ocultação de cadáver, manipulação de provas e corrupção de menor.
Durante o interrogatório, Ronaldo Gomes de Araújo admitiu ser o autor do crime e alegou ter agido sozinho. Ele também relatou que perdeu o controle da situação após um desentendimento. Por outro lado, os demais acusados negaram as alegações quando interrogados.
Conforme indicado pelo laudo necroscópico, uma vítima faleceu devido a múltiplas lesões na cabeça. Os réus do sexo masculino enfrentaram o julgamento por homicídio qualificado devido a motivo torpe, uso de violência excessiva e emprego de recursos que dificultaram a defesa da vítima. Permanecerão sob prisão preventiva. A acusada Maria Selma Gomes Meira aguardará o julgamento em liberdade.
Na opinião do juiz Geraldo Amorim, “nenhuma medida cautelar diversa da prisão é capaz de proteger a sociedade quanto à aparente periculosidade dos agentes e/ou diante dos indícios de que, postos em liberdade, voltarão a encontrar os mesmos estímulos que, em tese, levaram-nos a delinquir”.