O presidente em exercício do Conselho Federal de Medicina (CFM), Jeancarlo Cavalcante, participou de solenidade para comemorar o Dia do Médico nesta quarta-feira (18), no plenário da Câmara dos Deputados. Na oportunidade, além de destacar a importância desses profissionais para o País, ele criticou medidas recentes tomadas pelo governo federal.
Na sessão solene realizada pelos parlamentares, Cavalcante declarou que era uma honra estar na casa do Povo, ao lado dos representantes legitimamente eleitos, para tratar de uma data tão importante para o País.
A sessão foi presidida pelo deputado Luiz Ovando (PP-MS) e contou com a presença de diversos deputados, senadores e do 2º tesoureiro do CFM, Carlos Magno Dalapicola. Em seu discurso, Cavalcante aproveitou a oportunidade para reafirmar a luta da Autarquia contra a abertura indiscriminada de escolas médicas, promovida pelo Governo Federal, e contra a presença de formados em medicina no exterior sem a revalidação do diploma no Brasil, para atender a população mais vulnerável.
“Em defesa da qualidade do atendimento, não abrimos mão dos nossos princípios, porque o mau resultado em medicina pode significar a vida de uma pessoa. E a vida não tem preço. Por isso a nossa insistência em querer oferecer aos cidadãos mais carentes médicos que sejam revalidados, que tenham a sua formação e a sua qualificação aferidas por meio de uma revalidação”, afirmou.
Cavalcante lembrou da atuação fundamental do Conselho pelo bom exercício ético e técnico no âmbito da prestação de serviços médicos num país como o Brasil, de dimensão continental e com mais de 560 mil médicos inscritos. “O CFM é hoje a maior instituição regulatória médica do mundo. Há países com mais médicos, como Estados Unidos, China e Índia, mas nenhum deles tem uma colegiatura obrigatória única. Daí a importância dos nossos trabalhos”, explicou.
Ele ressaltou que, diante do maior sistema público de saúde do planeta, o SUS, e desafios gigantes, a luta do CFM seria muito difícil sem a ajuda da Câmara e do Senado e da Frente Parlamentar Mista da Medicina. “Por isso, agradecemos ao Parlamento. É importante falar a todos os médicos do País que estamos juntos e que essa luta é perene, porque a medicina muitas vezes está sob ataque. E nós a defenderemos, assim como defenderemos a saúde pública, até às últimas consequências”, finalizou.