Uma sindicância sobre o uso irregular do sistema First Mile, aberta em março, foi parar na Controladoria-Geral da União (CGU) para tentar driblar a pressão interna sofrida por funcionários da agência, que estavam reticentes em colaborar com a investigação.
Os 20 depoimentos de agentes da Abin na última sexta-feira (20) demonstram, para os investigadores da PF, como os servidores não estavam se sentindo à vontade em colaborar com a investigação interna. Os relatos são mais detalhados e completos do que os testemunhos feitos no âmbito da sindicância.
A sindicância começou dentro da Abin, mas foi avocada pela CGU há pouco mais de um mês, após o órgão de controle ser alertado de que uma investigação conduzida externamente traria mais independência e poderia incentivar os servidores a testemunhar.
Um dos responsáveis pela aquisição do sistema, Paulo Maurício Fortunato se tornou o número 3 da agência na atual gestão, o que pode ter desestimulado os envolvidos a dar detalhes sobre como funcionava o uso irregular do software de monitoramento, na avaliação da PF.
A CGU pediu também ao ministro Alexandre de Moraes o compartilhamento de provas do inquérito da PF que possam ajudar a conduzir a sindicância, mas ainda não teve resposta.
Com informações do Metrópoles