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Explosões em frente ao STF foram premeditadas; ”Justiça segue firme e serena”, declara Dino

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Na noite desta quarta-feira, 13 de novembro, duas explosões ocorreram próximas ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, por volta das 19h30, com um intervalo de aproximadamente 20 segundos entre elas. O incidente resultou na morte de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, ex-candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, identificado como o responsável pelos explosivos.

Segundo testemunhas, a primeira explosão aconteceu nas proximidades do prédio do STF, onde Francisco arremessou artefatos explosivos em direção à estátua da Justiça. Em seguida, uma segunda explosão foi registrada no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde um carro carregado com fogos de artifício e tijolos explodiu.

Após o ocorrido, o Supremo emitiu uma nota informando que, ao final da sessão plenária, dois fortes estrondos foram ouvidos e que os ministros, servidores e colaboradores foram retirados do prédio em segurança como medida de cautela. “A Segurança do STF colabora com as autoridades policiais do DF,” destacou o comunicado, reforçando que mais informações devem ser aguardadas com o andamento das investigações.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) realizou uma varredura no entorno do Palácio do Planalto logo após as explosões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se encontrava no Planalto no momento dos incidentes, mas sim no Palácio da Alvorada, a cerca de quatro quilômetros do local. Lá, ele se reuniu com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para acompanhar o caso.

Após as explosões, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou suas redes sociais para transmitir uma mensagem de confiança à população brasileira. “A Justiça segue firme e serena. Orgulho de servir ao Brasil na Casa da Constituição: o Supremo Tribunal Federal”, declarou Dino, reafirmando o compromisso do STF com a estabilidade institucional.

O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, agiu prontamente após o incidente, entrando em contato com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o ocorrido. Barroso também comunicou-se com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, reforçando a cooperação entre as instituições para apurar o caso. Ele trocou mensagens com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com o objetivo de alinhar as medidas de segurança e investigação.


O AUTOR

O responsável pelo ataque com explosivos ao Supremo Tribunal Federal (STF) é Francisco Wanderley Luiz, mais conhecido como Tiü França. Ex-candidato a vereador por Rio do Sul, Santa Catarina, pelo Partido Liberal (PL), ele foi identificado como o autor dos dois explosivos lançados em direção ao STF, além de ser o proprietário do carro carregado com fogos de artifício e tijolos que explodiu no estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.

ATAQUE PREMEDITADO

Francisco já havia deixado sinais de que planejava o ataque. Nas redes sociais, publicou mensagens de cunho ameaçador, dirigidas à Polícia Federal e figuras públicas. Em um dos posts, escreveu: “Vamos jogar??? Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda: William Bonner, José Sarney, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique Cardoso”. Em tom de desafio, Francisco alertou sobre explosivos e objetos perigosos e finalizou com “Boa sorte!!!”.

VISITA PRÉVIA AO STF

O autor do ataque já havia visitado o STF no dia 24 de agosto deste ano. Após a visita, ele comentou nas redes sociais que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”, em referência à sua presença no tribunal. Na mesma data, publicou uma citação bíblica em tom ameaçador: “Provérbios 16:18 (A soberba precede a queda)”, sugerindo intenções premeditadas contra o STF.

As investigações sobre os motivos e circunstâncias do ataque estão em andamento.

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