A Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas, liderada pelo desembargador Jomar Fernandes, teve a sede transferida provisoriamente para a Comarca de Tabatinga, na tríplice fronteira (Brasil, Peru e Colômbia) a fim de fortalecer a presença do Poder Judiciário na calha do Alto Solimões, num momento de estiagem histórica no Estado e que tem deixado municípios amazonenses em situação de emergência.
“Com a mudança da sede para Tabatinga, estamos acompanhando de perto os efeitos dessa estiagem devastadora e a nossa intenção é colaborar para facilitar o acesso aos serviços do Judiciário a essa população mais sofrida, fortalecendo a presença do Judiciário nessa região”, comentou o corregedor-geral de Justiça, desembargador Jomar Fernandes, que agradeceu aos órgãos parceiros pela colaboração no desenvolvimento das ações da Corregedoria no Alto Solimões.
O magistrado lembrou, ainda, que a região, principalmente nesse momento de seca, traz inúmeros desafios logísticos, precisando de vários tipos de transporte para chegar em determinadas localidades.
“Para alcançar nossos objetivos, a Corregedoria estabeleceu uma colaboração estreita com as Polícias Federal e Militar, que têm desempenhado um papel fundamental no apoio a essas atividades”, acrescentou Jomar Fernandes.
O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Umberto Rodrigues, disse que a PF tem buscado um diálogo o constante e profícuo com as instituições no Estado, dentre elas as que integram o sistema de justiça e lembrou do Termo de Cooperação Técnica firmado recentemente entre o TJAM, CGJ e PF. “O objetivo deste TC foi de compartilhar bases de dados, boas práticas e capacitação.
A iniciativa tem permitido que a PF e o Judiciário, por meio da Corregedoria, desenvolvam projetos investigativos relevantes, como o que resultou na desarticulação de organização criminosa que traficava indígenas de São Gabriel da Cachoeira para a Turquia. Nesta semana, a PF em Tabatinga está colaborando com a Corregedoria nessa grande ação do Judiciário na calha do Alto Solimões”, disse o superintendente.
“Também louvo a iniciativa da CGJ neste momento da seca, reiterando o compromisso de apoio e atuação conjunta nesta e em todas as demais demandas do Judiciário”, completou Umberto Rodrigues.