A Justiça do Trabalho do Rio de Janeiro agendou para o próximo mês de março a primeira audiência entre a ex-diretora de Patrimônio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Luísa Rosa, e a organização esportiva. A ex-funcionária acusa a entidade de assédio moral e sexual.
Durante a audiência, os juízes ouvirão os depoimentos das partes envolvidas e buscarão mediar a possibilidade de um acordo. Esta fase inicial do processo é protocolar, e caso não haja consenso entre as partes, novas audiências serão agendadas para ouvir testemunhas relacionadas ao caso.
Luísa Rosa iniciou a ação judicial buscando uma indenização de R$ 1,8 milhão da CBF. Ela alega ter sido vítima de assédio moral, assédio sexual e discriminação de gênero após ser promovida em abril de 2022, durante a gestão de Ednaldo Rodrigues, recentemente reintegrado ao cargo de presidente por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
Contratada pela CBF em 22 de junho de 2020 como gerente de Infraestrutura, Luísa foi promovida para diretora pouco antes de completar dois anos na empresa. No processo, que corre em segredo de Justiça, ela alega que a ascensão ao cargo de diretora não passou de uma “grande jogada de marketing”, afirmando ter enfrentado “várias retaliações, esvaziamento de atribuições e todo tipo de humilhação”.
A promoção de Luísa Rosa ocorreu em meio a uma crise interna na CBF em 2021, quando o então presidente da confederação, Rogério Caboclo, deixou o cargo devido a acusações de assédio moral e sexual. No anúncio da nomeação de Luísa, o site da CBF destacou sua condição de mulher, ressaltando que ela seria a primeira diretora na história da entidade esportiva brasileira.
Redação, com informações do Poder360