O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, foi anunciado nesta quinta-feira como o novo ministro da Justiça do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Lewandowski destacou que a segurança pública será uma das prioridades de sua gestão à frente da pasta.
“A segurança pública será uma das prioridades do Ministério da Justiça, sobretudo no tocante ao apoio aos estados, os quais detêm a competência constitucional de combater a criminalidade em primeira mão”, afirmou o novo ministro.
Lewandowski será formalmente nomeado no próximo dia 19, e sua posse está agendada para o dia 1º de fevereiro. A segurança pública é uma área crítica para o governo Lula, e a indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal chegou a gerar debates sobre a possibilidade de divisão do ministério, com a criação de uma pasta específica para o tema, ideia que não foi adiante.
Ricardo Lewandowski é o terceiro ex-membro do STF a assumir um ministério no Executivo desde a redemocratização. Ele ocupou uma cadeira no Supremo entre 2006 e 2023, aposentando-se aos 75 anos. Sua indicação para o STF ocorreu durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e sua vaga foi ocupada por Cristiano Zanin após a aposentadoria.
O novo ministro segue os passos de Célio Borja e Nelson Jobim, outros ex-membros do STF que comandaram ministérios após suas aposentadorias. Célio Borja, indicado ao STF por José Sarney, assumiu o Ministério da Justiça em 1992 durante o governo de Fernando Collor.
Por sua vez, Nelson Jobim foi ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso na década de 1990, e após sua passagem pelo STF, tornou-se ministro da Defesa no governo de Lula, permanecendo no cargo até 2011.
Diferentemente de Lewandowski, Borja e Jobim tiveram carreiras políticas antes de integrarem o STF. Borja presidiu a Câmara dos Deputados, enquanto Jobim foi deputado federal pelo Rio Grande do Sul e participou da Assembleia Nacional Constituinte nos anos 1980.
A nomeação de Lewandowski reforça a interação entre o Judiciário e o Executivo no cenário político brasileiro.
Redação, com informações da CNN