A Justiça de Minas Gerais determinou a retomada do processo de recuperação judicial da 123milhas.
O que aconteceu
Desembargador disse que processos desse tipo não podem ficar parados por muito tempo. “Todos os personagens que frequentemente atuam nesta área sabem que o timing é elemento crucial para o sucesso da empreitada de soerguimento da empresa, mostrando-se temerário aguardar o julgamento”, escreveu Alexandre Victor de Carvalho, relator do processo.
Processo estava suspenso desde setembro a pedido do Banco do Brasil. O banco estatal é um dos credores da 123milhas e, à época, ele disse que a empresa de turismo não tinha apresentado documentos suficientes para justificar o pedido de recuperação judicial.
A 123milhas diz que ainda não foi comunicada sobre a decisão judicial. Procurada pelo UOL, a empresa afirmou que “tem a confiança na retomada da recuperação judicial diante da regularidade atestada pelas perícias nomeadas pelo tribunal”.
Pedido de recuperação judicial
A 123milhas entrou com o pedido de recuperação judicial na 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, cidade onde a companhia é sediada, no dia 29 de agosto. A solicitação também englobou as empresas HotMilhas e Novum, ligadas à 123milhas
A empresa informou uma dívida de R$ 2,308 bilhões no pedido ao TJMG. O valor da causa, no entanto, poderá ser alterado no futuro após a verificação de créditos pelo administrador judicial.
O pedido vem após a empresa suspender a emissão de passagens e pacotes flexíveis, em 18 de agosto. A linha Promo, mais barata por não ter datas definidas de ida e volta, foi interrompida sob justificativa de taxa de juros elevadas e passagens aéreas mais caras.