English EN Portuguese PT Spanish ES

Justiça nega pedido do Safra para anular recuperação judicial da Americanas

jurinews.com.br

Compartilhe

Juízo da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro indeferiu nesta segunda-feira (11), o pedido do Banco Safra para anular o Plano de Recuperação Judicial da Americanas.

O Safra foi o único dos bancos credores a ficar fora de um acordo com a varejista firmado no final de novembro. Na petição, o banco denunciava cinco tentativas de fraude no acordo, conforme mostrou o Estadão/Broadcast na semana passada.

Segundo os advogados do Safra, banco que tem R$ 2,5 bilhões a receber do grupo varejista, o plano da companhia visa “encobre ilícitos civis, contábeis e criminais”.

Para os advogados, o objetivo claro da Americanas, ao fazer uma “corrida” e tentar aprovar “à fórceps” o plano no “encerrar das luzes de 2023? se dá por causa da busca de benefícios tributários exclusivos, para a própria rede de varejo e “instituições financeiras coniventes com a fraude”. A assembleia de credores está marcada para o dia 19 deste mês.

Entre essas tentativas, segundo o Safra, estariam o compromisso que os bancos firmaram no acordo de não entrar em litígio contra a Americanas e seus principais acionistas (Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira), o tratamento diferenciado entre os credores de uma mesma classe e o reconhecimento da data-base de apuração dos créditos como 19 de janeiro, enquanto a lista de credores considera a data-base de 12 daquele mês.

No despacho desta segunda, a desembargadora Leila Santos Lopes dá aval para que se convoque a assembleia-geral de credores para 19 de dezembro, em primeira convocação, e 22 de janeiro de 2024, em segunda convocação.

Na semana passada, a Americanas disse lamentar a decisão do Banco Safra de não querer negociar e afirmou estar confiante na aprovação do plano de recuperação judicial.

“É importante lembrar que o banco Safra foi justamente quem impediu o pagamento imediato pleiteado pela companhia de 100% dos credores das classes I e IV, que contemplam as dívidas trabalhistas e de pequenas e microempresas”, afirmou em nota.

Americanas afirma ainda que, apesar de o Safra ter participado, com os demais bancos, das negociações que levaram à costura de um acordo com credores, que incluem Bradesco, BTG e Itaú, o posicionamento atual mostra “que sua intenção, desde o início, não era de negociar, mas apenas satisfazer os seus interesses particulares, sem quaisquer concessões, como é natural num processo de recuperação judicial.”

A empresa disse reafirmar que os “fatos que levaram à sua recuperação judicial continuam sob a investigação das autoridades competentes, bem como do Comitê Independente”. “Ressalta, ainda, que o plano prevê expressamente a possibilidade de responsabilização de todo e qualquer administrador que venha a ser apontado como autor da fraude nas citadas investigações”, diz o comunicado.

Com informações do Terra

Deixe um comentário

TV JURINEWS

Apoio

Newsletters JuriNews

As principais notícias e o melhor do nosso conteúdo, direto no seu email.