O juízo da 4ª Vara Criminal da Capital interrogou na tarde desta sexta-feira (1), o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, citado pelo ex-PM Élcio de Queiroz, em delação premiada, como participante na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, executados a tiros, no dia 14 de março de 2018, no bairro do Estácio.
Durante o depoimento, o ex-bombeiro negou ter monitorado as movimentações de Marielle, dias antes do crime, assim como ter alterado as placas do veículo usado durante a execução. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de serem os executores, aguardam, presos em penitenciária federal de segurança máxima a data do julgamento.
A partir do depoimento de Maxwell, que negou vários pontos da delação premiada, o juiz Gustavo Kalil determinou a expedição de carta precatória para que Élcio se manifeste se concorda com a acareação.
Também estabeleceu prazo de 10 dias para que a defesa de Maxwell informe se insiste no pedido de acareação e que apresente os pontos que considera divergentes entre o conteúdo da delação de Élcio e a versão do ex-bombeiro.
Ao final da audiência, o juiz anunciou a abertura de conclusão dos autos que tratam da permanência de Maxwell em presídio federal para decidir sobre o requerimento da defesa para que ele seja transferido para presídio estadual, no Rio. O Ministério Público se manifestou contrariamente ao pedido.