Cerca de 73,9% dos magistrados que atuam no Brasil estão insatisfeitos com os salários que recebem. Pesquisa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgada neste mês revela, ainda, que o descontentamento é maior entre os que atuam na Justiça do Trabalho.
Para fazer o levantamento, o CNJ questionou se os magistrados concordavam com a afirmação “considero que minha remuneração é adequada ao trabalho que executo”.
Consideradas todas as categorias judiciárias, 39,6% discordaram totalmente da afirmação e 34,3% discordaram.
Os magistrados que mais concordaram com a afirmação foram os da Justiça Militar, com 65,5% de concordância ou concordância total.
Em relação à discordância sobre a afirmação, todos os outros ramos tiveram percentuais de discordância acima dos 59%, chegando a 89,9% e 86,2% nas justiças do Trabalho e Federal, respectivamente.
BEM-ESTAR
Ainda segundo a pesquisa do CNJ, 47,2% dos magistrados brasileiros discordaram da afirmação de que o volume de trabalho permite concluir as tarefas durante a jornada regular de trabalho. Outros 32,5% discordaram; 15,5% concordam; e só 4,8% concordam totalmente com a afirmação.
Em relação ao bem-estar, 67% dos entrevistados consideraram não ter tempo para cuidar da saúde e do bem-estar. Os percentuais de insatisfação são maiores na Justiça do Trabalho, que acumula 76,8% de descontentamento. Nos conselhos, esse percentual ficou em 62%.
Mais uma vez, a Justiça Militar se diferiu das demais. Cerca de 65,5% dos magistrados que nela atuam concordaram com a afirmação de que a atividade profissional permitia ter tempo para cuidar do bem-estar físico e mental; 24,1% concordaram totalmente; e 10,3% não concordaram.
Com informações do Metrópoles