Assinado por 41 deputados, um pedido de impeachment do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, será protocolado na Câmara dos Deputados.
Encabeçado pelo bolsonarista Rodrigo Valadares, o pedido de afastamento ocorre após pasta de Almeida confirmar ter pago passagens aéreas e diárias para Luciane Farias, conhecida como a Dama do Tráfico, participar de agendas do governo federal em Brasília.
Os parlamentares sustentam que há legitimidade para a abertura do processo de impeachment, uma vez que um dos artigos para crime de responsabilidade é “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.
Mulher de Clemilson Farias, um dos principais líderes do Comando Vermelho, Luciane teve reuniões no Ministério dos Direitos Humanos e no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ela também aproveitou a estadia em Brasília para conversar com deputados como André Janones e Guilherme Boulos.
A Dama do Tráfico foi condenada a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa, mas recorreu e responde em liberdade.
“O custeio de passagens e diárias foi realizado com recursos de rubrica orçamentária destinado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ao Comitê, que observou as indicações dos comitês estaduais para a participação no encontro”, diz trecho de nota divulgada pela pasta.
“Nem o ministro nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiu na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes”, continuou o Ministério dos Direitos Humanos.
Com informações do Metrópoles