Três pessoas foram presas pela Polícia Civil suspeitas do assassinato do juiz de direito da 1ª Vara Cível da Comarca do Recife (PE), Paulo Torres Pereira da Silva, de 69 anos. Ele foi executado a tiros dentro de seu veículo, em Barra de Jangada, Jaboatão dos Guararapes, município na Região Metropolitana de Recife, na última quinta-feira (19). Leia aqui o caso.
Os suspeitos foram presos em uma casa na praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho, na madrugada desta terça-feira (24) e foram levados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados.
O carro que os criminosos utilizaram no momento do assassinato é um Onix, da cor vermelha. Na ocasião, eles desceram do automóvel e efetuaram diversos disparos contra Paulo Torres. O juiz teria sido, contudo, morto por um tiro na nuca, e nada de valor foi levado do veículo ou dele.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e encaminhada ao local, mas o juiz já foi encontrado sem vida.
VÍTIMA
Paulo Torres era conhecido como Paulão e atuava há 34 anos na região, já tendo ocupado diversas vezes o cargo de desembargador substituto. Em nota, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) descreveu o juiz como muito querido e manifestou pesar pela morte do magistrado.
“Com profundo pesar, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) informa que o juiz de Direito da 21ª Vara Cível da Capital, Paulo Torres Pereira da Silva, foi assassinado na noite desta quinta-feira (19/10), em Jaboatão dos Guararapes. Conhecido como Paulão, o magistrado era muito querido por todos que fazem o Judiciário pernambucano. Tinha 69 anos e era juiz há quase 34 anos. Em várias oportunidades, atuou como desembargador substituto”, diz a nota.
BARROSO: “GRAVÍSSIMO”
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta segunda-feira (23), que considera muito grave o assassinato do juiz Paulo Torres Pereira da Silva, e afirmou acreditar que o crime tenha ocorrido em decorrência da profissão da vítima.
“Estou muito preocupado é com a apuração do assassinato do juiz em Pernambuco. Aparentemente assassinado pelo desempenho de seu papel. E isso é gravíssimo”, disse o ministro, concluindo que sua “expectativa é de que se faça uma apuração rápida” sobre o caso e que haja uma “punição exemplar”.
Redação, com informações do Metrópoles