Para auxiliar as vítimas da chuva, que desde o dia 3 de outubro castiga o Estado, o Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) e a Caixa Solidária enviaram roupas, cobertores, toalhas, travesseiros e calçados para algumas cidades do Vale do Itajaí. Dos 295 municípios catarinenses, 149 cidades sofreram com estragos causados pela chuva e, segundo a Defesa Civil do Estado, 133 decretaram situação de emergência.
Até o dia 18 de outubro, 27.479 pessoas ficaram desabrigadas, seis morreram e um bebê ficou ferido. Por conta disso, o Judiciário convoca a sociedade catarinense, servidores e magistrados para que possam doar todo o tipo de material têxtil e calçados pelas Caixas Solidárias espalhadas pelo Estado.
A prioridade é atender as famílias das cidades de Taió, Rio do Sul, Rio do Oeste, Laurentino, Presidente Getúlio, entre outras na região. “O Tribunal de Justiça (TJSC), reconhecendo a urgência em ajudar as comunidades afetadas pelas recentes enchentes em Santa Catarina, desempenha um papel crucial ao identificar os municípios mais impactados para beneficiar-se do projeto Caixa Solidária, um convênio recentemente estabelecido”, observou o diretor-Geral Administrativo (DGA), Alexsandro Postali.
Em 4 de outubro, o Judiciário catarinense celebrou convênio com a Associação Cidadania em Ação para a colocação de Caixas Solidárias na sede do Tribunal de Justiça e em comarcas polo.
O objetivo é a arrecadação de roupas, calçados, toalhas, travesseiros, cobertores, lençóis, fronhas e demais tecidos, em qualquer estado de conservação, para que o material tenha a destinação socioambiental correta. Os utensílios em bom estado de conservação são doados para as entidades cadastradas e para as vítimas de tragédias naturais, como as que assolam o Estado.
Segundo a Defesa Civil, o destaque da primeira quinzena de outubro foi o Vale do Itajaí, onde já choveu mais de três vezes o normal para o mês todo (entre 350 e 450mm e pontuais acima de 500mm). No Extremo Oeste, região com menores acumulados, entre 230 e 300mm, também já superou a média climatológica.
“A decisão estratégica não apenas reflete a preocupação humanitária da instituição, mas também direciona esforços específicos para fornecer auxílio direto às vítimas, focando na distribuição de vestuário e cobertas. Dessa forma, o Tribunal demonstra sensibilidade às necessidades imediatas, contribuindo significativamente para aliviar o sofrimento das comunidades locais e promover a solidariedade e a recuperação pós-desastre”, completou o diretor do TJSC.