Perto de assumir a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin afirmou que vai criar um núcleo de diversidade para aumentar a participação de negros, mulheres, indígenas e da população carente nas eleições – tanto como candidatos quanto como eleitores. “Há grupos de pessoas que não podem ser invisibilidades do processo eleitoral”, afirmou.
A formalização de Fachin à presidência da Justiça Eleitoral está marcada para semana que vem. Ele vai suceder o ministro Luís Roberto Barroso, atual presidente do TSE, em fevereiro de 2022.
Fachin contou que, a seu convite, o núcleo será comandado pela advogada Samara Pataxó, conhecida pela luta contra o marco temporal no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro participou nesta quarta-feira do seminário “Por Estas e Por Outras”, que ocorreu no prédio do STF e tratou da participação da mulher na sociedade, inclusive no Judiciário.
“Quando haverá mulher suficiente no STF? Quando houver 11”, afirmou Fachin durante sua exposição no evento. Atualmente, dos 11 ministros, apenas duas são mulheres.
O evento foi idealizado pela ministra Cármen Lúcia, com a coordenação também da vice-presidente do STF, Rosa Weber, e da ex-ministra Ellen Gracie, a primeira mulher a presidir a suprema corte, em 2006.
Seis meses
O atual presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, deixa a função em fevereiro de 2022. Na sequência, o ministro Edson Fachin assume o posto por seis meses, enquanto o ministro Alexandre de Moraes será vice-presidente até assumir o cargo, em agosto de 2022.
Com informações da CNN Brasil