O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira (13) que, em breve, André Mendonça será o mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A data da sabatina no Senado, no entanto, ainda não foi marcada por Davi Alcolumbre (DEM-AP). A declaração do presidente foi dada durante a cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural a famílias em Miracatu, no interior de São Paulo.
“Hoje estou em Miracatu, se Deus quiser, brevemente, Miracatu terá o ministro do STF. À família de Miracatu, à família de André Mendonça, meus cumprimentos por este homem extremamente competente, capaz e inteligente. E dentro do meu compromisso um evangélico para o STF”, falou Bolsonaro.
Bolsonaro oficializou em julho a indicação de Mendonça para a vaga de ministro do Supremo após a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. Mas o nome deve ser avaliado pelo Senado Federal.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (DEM-AP), teria dito a aliados que pretende segurar a análise do nome do ex-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União) até 2023.
Fora da Constituição
Também nesta quarta-feira (13), Bolsonaro afirmou que Alcolumbre “age fora da Constituição” ao não marcar uma data para a sabatina de Mendonça. “Eu ainda aguardo a sabatina do André Mendonça no Senado Federal. Ele [Davi Alcolumbre] age fora das quatro linhas da Constituição”, ressaltou.
A postura de Alcolumbre também provocou reação no Senado.
A ex-presidente da CCJ Simone Tebet (MDB-MS) afirmou nas redes sociais que “o atraso injustificado [da sabatina], sem motivação, caracteriza abuso de poder”.
Senadores da base do governo afirmam que devem obstruir a pauta de votação no plenário do Senado caso a sabatina não seja marcada.
Com informações da CNN Brasil