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Compartilhamento de petições é a nova forma de gerar renda passiva para advogado

JusDocs chegou a 12 mil petições compartilhadas em 2021 e já distribuiu mais de 30 mil reais em royalties esse ano.

jurinews.com.br

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A elaboração de peças jurídicas é tarefa central do dia a dia dos advogados. Estima-se que até metade do tempo útil de trabalho de um advogado é investido na confecção de petições.

Com exceção dos profissionais que atuam com as chamadas ações de massa (geralmente, envolvendo a área de direito do Consumidor), quase todo cliente que adentra o escritório do advogado necessita de uma petição personalizada para a situação por ele descrita.

Advogados investem tempo, conhecimento e muitas horas de pesquisa ao confeccionar suas petições. Todavia, não raramente, as peças após protocoladas, acabam sendo esquecidas em alguma pasta dentro do computador para não serem mais usadas até que outro caso similar chegue ao escritório.

E se essas petições pudessem gerar uma segunda fonte de renda para o advogado que as desenvolveu?

Foi com esse pensamento que, em 2020, o JusDocs criou uma plataforma que permite o compartilhamento de peças entre profissionais do direito.

Ao entender que as petições utilizadas na prática por advogados especialistas em suas áreas de atuação têm muito valor para outros profissionais que estão com casos similares em seus próprios escritórios, o JusDocs criou o meio para que elas sejam divulgadas.

O diferencial do JusDocs, segundo seu CEO Williann Georgi, é que as petições devem ter sido utilizadas na prática e que o autor das peças tem que obrigatoriamente ser o profissional que as está compartilhando com a comunidade jurídica.

Como funciona o JusDocs?

Para cada petição baixada, o JusDocs paga ao advogado autor daquela petição uma espécie de royalty em sua conta cadastrada no JusDocs, como forma de compensação pelo compartilhamento de suas petições.

O JusDocs refere que somente em 2021 mais de 30 mil reais foram pagos aos advogados pelo compartilhamento de suas peças e que esse valor deve triplicar até o final do ano. 

De acordo com o CEO, o objetivo do Jusdocs é criar uma segunda fonte de renda para todo advogado, fazendo que o profissional tenha uma renda passiva mensal que recebe todo mês royalties pelo compartilhamento de petições com outros profissionais do direito.

“Em cerca de um ano de atuação, temos profissionais que estão conseguindo receber entre R$ 1.000 e R$ 2.000 todos os meses, apenas fornecendo suas melhores petições para outros colegas. Esses valores variam de acordo com o número de downloads que o advogado recebe em suas petições. Petições com temas atuais acabam recebendo muita procura e isso impulsiona os ganhos“, diz Williann Georgi.

Como livros, as petições iniciais, os contratos, os recursos possuem legislação, doutrina, jurisprudência e, ainda, o raciocínio do profissional especialista naquela área de atuação que conseguiu concatenar todo o saber em uma peça apenas. 

Dados de Clientes e a LGPD

Ciente das novas imposições da LGPD, o JusDocs promove um pente fino em todas as petições compartilhadas. Basicamente, remove todas as informações de clientes dos advogados que, por ventura, estejam na petição quando enviada:

“Após compartilhadas as petições passam por um processo de lapidação e formatação pela equipe do JusDocs. São retirados todo e qualquer dado sensível como informações pessoais de clientes, nomes de empresas, placas de veículos e etc.! O objetivo é apenas fornecer a estrutura da petição utilizada na prática e não expor o cliente daquele profissional”, explica Williann Georgi, CEO do JusDocs.

Onde o JusDocs quer chegar?

O JusDocs diz contar hoje com cerca de mil profissionais advogados compartilhando suas petições dentro da sua plataforma e almeja chegar a 3 mil até o final do ano.

Quanto ao número de petições, o JusDocs refere que vai atingir 50 mil petições até o final de 2022 e distribuir mais de 100 mil reais em royalties todos os meses.

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