Uma fraude em concurso público foi registrada no último sábado (7) para indignação e revolta dos candidatos. A prova da segunda fase do concurso para promotor de Justiça do Ministério Público Militar (MPM) foi anulada por plágio.
Com salário de R$ 33.689,11, o certame oferece seis vagas e participam da segunda fase 133 candidatos que realizaram a prova em 12 cidades.
O plágio foi confirmado em comunicado da Comissão do 12º Concurso Público para Provimento de Cargos de Promotor de Justiça Militar, emitido neste domingo (8).
Duas questões da prova foram cortadas e copiadas da internet e aplicadas em concursos anteriores, sendo uma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e outra do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS).
“A Comissão do Concurso tomou conhecimento, apurou e constatou que as questões números 1 e 2 do
Grupo III, prova subjetiva no tópico de Direito Constitucional, coincidem substancialmente, em seu teor,
com questões de provas de concursos públicos anteriores”, diz o comunicado.
A Comissão atribuiu o plágio a “erro involuntário”, é o que aponta o documento assinado pelo procurador de Justiça Militar, Antônio Pereira Duarte.
Entre as conclusões do comunicado está que “a constatação vislumbrada derivou de erro involuntário no procedimento de confecção da prova, consoante revisão dos trabalhos realizados”.
E diante da grave constatação, a Comissão decidiu nos seguintes termos: “Anula-se a prova do dia 7 de maio de 2022, mantendo-se válidas todas as demais provas aplicadas para a fase de provas subjetivas, determinando-se a publicação, em até 5 dias, contados deste Comunicado, de novo cronograma que defina a aplicação de prova escrita para o Grupo III, assim como a readequação das etapas subsequentes do Certame”.