A tecnologia 5G trará grandes avanços em termos do acesso à Justiça no país e, ao mesmo tempo, o desafio de estar mais exposto a invasões cibernéticas e roubo de dados por criminosos.
Essa é a avaliação de autoridades do Judiciário que participaram nesta quinta-feira (24/6) do Webinário Justiça, Tecnologia e Eficiência, promovido pela Comissão Permanente de Eficiência Operacional, Infraestrutura e Gestão de Pessoas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O evento foi acompanhado por cerca de 1,4 mil pessoas.
O 5G é a rede que vai permitir uma comunicação muito mais rápida entre dispositivos eletrônicos. “A tecnologia 5G representa um avanço e o Judiciário irá se beneficiar muito. Teremos mais eficiência e mais acesso à justiça”, avaliou o coordenador do evento e presidente da Comissão de Eficiência, ministro Emmanoel Pereira.
Por outro lado, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, lembrou do ataque hacker contra o STJ, ocorrido em 2020, e ponderou que “as novas tecnologias chegaram para atender a população, mas também temos sempre de pensar soluções de segurança cibernética. A tecnologia 5G deve ser analisada, portanto, também sob esse aspecto”.
O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Agra Belmonte comentou que estamos diante de um “novo mundo”. “Essa mudança tem sido benéfica para todos e precisamos pensar agora em estratégicas para garantir o acesso à tecnologia e assim garantir o acesso à prestação jurisdicional”, destacou.
O general Luis Carlos Gomes Matos, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), reforçou a importância. “Na Justiça militar, estamos tratando desse assunto como prioridade, sempre buscando também a proteção dos dados pessoais e sem perder a transparência.”
“Se o 4G mudou a vida das pessoas, o 5G irá revolucionar a sociedade e os meios produtivos”, enfatizou o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Ele lembrou que ainda há milhões de brasileiros sem internet e o 5G vai ajudar a reduzir essa desigualdade.
O ministro destacou que até o final de 2028 todas as localidades com até 600 habitantes terão acesso a, pelo menos, internet 4G. “Existem hoje 40 milhões de pessoas sem internet e não é possível aceitar isso.”
Com informações do CNJ