A 11 meses das eleições de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) selecionou 29 propostas de especialistas em tecnologia e segurança da informação para testar as urnas eletrônicas e fortalecer o sistema eleitoral.
Dez investigadores individuais e cinco grupos tiveram as propostas aprovadas para participarem do Teste Público de Segurança (TPS) do Sistema Eletrônico de Votação.
O objetivo dos “hackers” é encontrar fragilidades nos softwares e hardwares da urna eletrônica e dos equipamentos relacionados. Eles tentarão invadir o sistema, identificar problemas e achar situações adversas que possam ser melhoradas antes da disputa eleitoral do próximo ano.
Além da tentativa de invadir o sistema de votação e transmissão de dados, os hackers vão checar se é possível violar o sigilo do voto e analisar a decodificação de sinais eletromagnéticos a distância.
Há ainda o projeto para verificação da transparência e adequação da política de proteção de informações pessoais à luz da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no sistema eletrônico de votação.
Na sexta-feira (29/10), acabaram todos os prazos de recursos para os participantes da seleção. O número total de “hackers” que vão fazer parte da iniciativa será divulgado em 9 de novembro.
Aperfeiçoamento
Os testes nas urnas vão ocorrer em 22 e 26 de novembro, na sede do TSE, em Brasília. Até maio de 2022, todos os possíveis reparos e instrumentos de aperfeiçoamento terão sido concluídos.
De acordo com a Corte Eleitoral, o TPS foi criado com a finalidade de fortalecer a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos, além de propiciar melhorias no processo eleitoral.
“O evento busca identificar vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição, para que sejam corrigidas a tempo da próxima eleição”, justifica o TSE nos editais do TPS.