Os desembargadores José Afrânio Vilela, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) e Teodoro Silva Santos, do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE), foram os escolhidos pelo presidente Lula para vagas de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os nomes foram confirmados no início da tarde desta quarta-feira (6).
Eles integravam lista com quatro nomes que foi formada pelos ministros da Corte e submetida ao presidente para escolha. Também constava na lista os desembargadores Carlos Adamek (TJ-SP) e Elton Leme (TJ-RJ).
Os escolhidos por Lula contaram com forte lobby político. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,defendeu o nome de José Afrânio, seu conterrâneo.
Teodoro, por outra vez, teve o apoio de congressistas do Nordeste, entre eles, o líder do governo no Senado, Jacques Vagner. Seu nome também contou com a defesa dos seus conterrâneos, o ministro da Educação, Camilo Santana, e do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT).
Afrânio Vilela tem 62 anos, nasceu em Ibiá (MG) e é formado pela Universidade Federal de Uberlândia. É desembargador desde 2005. Já havia integrado listas para o STJ em outras duas ocasiões, em 2013 e em 2015.
Já Teodoro Santos tem 65 anos, é natural de Juazeiro do Norte (CE) e formado na Universidade de Fortaleza (Unifor). Além de ser o único nordestino na disputa, Teodoro é negro, o que amplia a diversidade num tribunal composto majoritariamente por ministros brancos.
Eles ainda terão que ser sabatinados na CCJ do Senado antes da nomeação. Para a outra vaga aberta no STJ, destinada à advocacia, Lula já confirmou o nome da advogada Daniela Teixeira, do Distrito Federal.