O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), revisou o embate entre o empresário bilionário Elon Musk e a instituição judicial, destacando a questão crucial da liberdade de expressão. Apesar de considerar o assunto encerrado, Barroso ressaltou que por trás do conflito há uma discussão mais profunda, refletida globalmente.
Barroso salientou que em várias partes do mundo há grupos que articulam-se contra as instituições, muitas vezes sob o pretexto da liberdade de expressão, enquanto, na realidade, promovem discursos de ódio e desinformação em busca de engajamento, impulsionando assim a degradação do processo civilizatório.
O embate entre Musk e a Justiça brasileira ocorreu quando o empresário desafiou as restrições impostas a perfis na plataforma X, bloqueados por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Musk acusou Moraes de censura e tentativa de minar a democracia, divulgando um relatório que alega uso indevido das políticas de moderação do Twitter contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta, Moraes ordenou a abertura de novo inquérito para investigar Musk, incluindo-o nas apurações das milícias digitais, e determinou que a plataforma X obedecesse à Justiça brasileira, sob pena de multa por reativação irregular de perfis bloqueados. O ministro alegou indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nos pronunciamentos de Musk.
Redação, com informações do Ig