Diante da decisão do governo de iniciar a vacinação de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quinta-feira (6), declarar perda de objeto dos pedidos de liminar que demandavam detalhes da campanha de imunização infantil.
“Diante da manifestação da União, declaro a perda superveniente de objeto dos pedidos de tutela provisória de urgência”, decidiu o ministro.
Depois de mais de vinte dias de indecisão e declarações negacionistas, o Ministério da Saúde finalmente anunciou o plano de vacinação infantil.
Nesta quarta-feira (5), o Governo Federal anunciou a inclusão de crianças de 5 a 11 anos no plano de operacionalização de vacinação contra a Covid-19. As primeiras doses de vacinas deverão chegar ao Brasil no dia 13 de janeiro. Está prevista uma remessa de 1,2 milhão de doses do imunizante da Pfizer – o único aprovado até o momento pela Anvisa.
O esquema vacinal será com duas doses, com intervalo de oito semanas entre as aplicações. O tempo é superior ao previsto na bula da vacina da Pfizer. Na indicação da marca, as duas doses do imunizante poderiam ser aplicadas com três semanas de diferença.
A obrigação de prescrição médica para aplicação da vacina não foi incluída como uma exigência, conforme foi ventilado por membros do governo durante as discussões nas últimas semanas. Mas o ministério sugeriu que os pais procurem profissionais de saúde.