O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que não vê conflito ético caso o advogado Cristiano Zanin venha a ser indicado por Lula para vaga de ministro na Corte.
Depois de os ministros Cármen Lúcia e Gilmar Mendes terem apontado que não veem nenhum problema na indicação de Zanin, agora foi a vez do próximo presidente do STF sinalizar de forma positiva para a indicação.
Em entrevista ao portal UOL nesta terça-feira (18), o ministro Luís Roberto Barroso disse que não há nada que impeça Lula de nomear o seu ex-advogado nos processos da Lava Jato. “Não vejo, se vier a ser o Cristiano Zanin, nenhum conflito ético, nem moral, nem de violação da impessoalidade”, afirmou o ministro.
Ele lembrou que a Constituição prevê três condições para alguém ser indicado: ter 35 anos de idade, reputação ilibada e notório saber jurídico. “Não é despropositada a escolha de alguém com quem você teve algum tipo de relação pessoal e de afinidade desde que a pessoa preencha requisitos mínimos de idoneidade e de qualificação técnica”, disse.
Barroso ressaltou que Zanin sempre fez um bom trabalho, embora tenha votado muitas vezes contra as teses defendidas pelo defensor. “É um advogado que desempenhou de forma admirável o seu trabalho quando tudo parecia perdido”, disse. “Não se pode penalizar alguém por ter trabalho bem”, completou.