O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), antecipou em um dia sua volta aos trabalhos, nesta sexta-feira (25), após licença médica motivada por uma cirurgia. Com isso, o inquérito no qual o presidente Jair Bolsonaro é investigado por suposta interferência política na direção da Polícia Federal volta para a relatoria do decano do STF.
Antes da licença, Mello decidiu que Bolsonaro não tem a prerrogativa de ser ouvido por escrito porque está na condição de investigado. A decisão provocou reação da Advocacia-Geral da União (AGU), que recorreu para tentar garantir que o presidente possa prestar depoimento por escrito. Por causa da licença médica de Celso de Mello, o caso foi para as mãos do ministro Marco Aurélio Mello.
Ao atuar em substituição ao relator, Marco Aurélio admitiu a possibilidade do presidente prestar esclarecimentos por escrito e decidiu submeter ao Plenário o agravo da AGU. Como relator do caso, Celso de Mello poderá mudar a decisão de Marco Aurélio.