O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) anunciou que irá recorrer da decisão que resultou na soltura de Leonardo da Vinci Alves de Lima, conhecido como um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em São Paulo. O homem foi liberado após uma sentença proferida pelo ministro Sebastião Reis Junior, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Leonardo da Vinci estava cumprindo uma pena de 10 anos, 7 meses e 15 dias de reclusão no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. No entanto, segundo um ofício do ministro publicado no sistema do STJ na segunda-feira (12), ele foi solto.
Promotores entrevistados demonstraram preocupação com a decisão do ministro e, por esse motivo, planejam recorrer para que o homem, apontado como traficante, retorne à prisão. Da Vinci foi preso em posse de 2 kg de cocaína e, no momento da abordagem policial, confessou ser membro da maior facção criminosa do país.
“Ele é mencionado em diversas conversas de interceptações telefônicas negociando grandes quantidades de cocaína para a facção, além de estar envolvido em negociações de fuzis. Trata-se de um indivíduo extremamente perigoso. Discordo dessa opinião e recebi a notícia com muita estranheza e indignação”, declarou o promotor Lincoln Gakyia, de São Paulo.