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Júri de 3 acusados de roubar, matar e queimar família em SP começa após 5 adiamentos

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O julgamento de três dos cinco acusados de roubar, matar e queimar uma família em janeiro de 2020 no ABC Paulista teve início às 12h15 desta segunda-feira (12). O júri popular dos réus já foi adiado cinco vezes anteriormente, por diversos motivos. Mais dois réus serão julgados em agosto, de acordo com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O julgamento está sendo realizado no Fórum de Santo André, na região metropolitana de São Paulo. Todos os acusados estão presos e respondem pelos assassinatos do casal de empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40 anos, e do filho do casal, o estudante Juan Victor Gonçalves, de 15 anos. As defesas dos réus estimam que o júri possa durar até quatro dias.

O caso teve grande repercussão na época. Segundo a acusação feita pelo Ministério Público (MP), a filha das vítimas e sua namorada na ocasião estavam envolvidas nos crimes. Além delas, mais três homens são acusados.

Atualmente, a filha do casal e irmã do garoto, Anaflávia Martins Gonçalves, e sua então namorada, Carina Ramos de Abreu, estão detidas preventivamente na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. Os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, primos de Carina, também permanecem presos na mesma cidade. O quinto acusado, Guilherme Ramos da Silva, vizinho dos irmãos Ramos, está detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na capital paulista.

Nesta segunda-feira, serão julgadas as ex-namoradas Anaflávia e Carina, além de Guilherme. A advogada dos irmãos Juliano e Jonathan foi destituída no início da sessão e eles foram retirados da sala, sem informação sobre o motivo. Por isso, o processo foi desmembrado e o julgamento dos dois foi marcado para 21 de agosto deste ano. Até lá, eles deverão constituir uma nova defesa.

Câmeras de segurança registraram os cinco réus entrando e saindo da residência onde as três vítimas moravam, em um condomínio fechado em Santo André. O casal e o filho foram mortos no local em 27 de janeiro de 2020, com golpes na cabeça durante um assalto. Os corpos foram encontrados carbonizados no dia seguinte, dentro do carro da família, em uma área de mata em São Bernardo do Campo, município vizinho a Santo André.

Todos os cinco acusados respondem por roubo, homicídio doloso qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas), ocultação de cadáver e associação criminosa.

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