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Caso Cintia Chagas: Juíza nega prisão preventiva de deputado por violência doméstica contra a ex-esposa

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A Justiça de São Paulo negou o pedido de prisão preventiva do deputado Lucas Bove (PL), solicitado pela defesa de sua ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas, que o acusa de violência doméstica. A decisão, proferida pela juíza Danielle Galhano Pereira da Silva, inclui um alerta ao deputado sobre o desrespeito a medidas protetivas já impostas. Caso descumpra novamente essas medidas, Bove poderá ter sua prisão preventiva decretada.

O casal, que iniciou o relacionamento em 2022 e se separou em agosto deste ano após três meses de casamento, está envolvido em uma disputa judicial que inclui acusações de violência e alegações de desobediência a restrições judiciais. Em setembro, Cíntia solicitou medidas protetivas contra o ex-marido, e a Justiça deferiu medidas como a proibição de contato direto ou indireto e de menções à influenciadora nas redes sociais. A defesa de Cíntia afirma que Bove violou essas determinações ao fazer postagens que incentivam seus seguidores a questionar as acusações da ex-esposa.

Em resposta à decisão, o advogado de Bove, Daniel Leon Bialski, argumentou que o pedido de prisão preventiva foi indeferido por ser “descabido”. Ele alegou que o deputado não violou medidas judiciais e que suas declarações públicas respeitaram sua liberdade de expressão.

Durante um discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Bove se defendeu das acusações, afirmando que as evidências apresentadas, como prints de mensagens e fotos de hematomas, poderiam ter sido manipuladas e retiradas de contexto. A defesa também solicitou a revogação das medidas protetivas contra Cíntia, o que foi negado pela juíza, que destacou a necessidade de preservar a integridade física e psicológica da vítima.

A influenciadora manifestou-se positivamente sobre a decisão da Justiça de manter as medidas de proteção, afirmando que sua situação pode servir de exemplo para outras mulheres em situação semelhante e reforçar a aplicação da Lei Maria da Penha. A advogada de Cíntia, Gabriela Mansur, ressaltou que o respeito às medidas protetivas é fundamental para prevenir a perpetuação do ciclo de violência doméstica e garantir a eficácia da legislação.

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