English EN Portuguese PT Spanish ES

MINISTRO VOLTA ATRÁS: Após vazar áudio, Nardes se diz mal interpretado e pede licença

jurinews.com.br

Compartilhe

Após a repercussão de um áudio de sua autoria enviado em um grupo de WhatsApp ligado ao agronegócio, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes afirmou, nesta segunda-feira (21), que repudia manifestações antidemocráticas e que o áudio vazado no fim de semana foi mal interpretado, ao supostamente ser favorável aos atos contra o resultado das urnas eletrônicas.

Em áudio enviado a amigos, o ministro afirmou que é “questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez menos para que um desenlace bastante forte na nação ocorra”.

Nardes fala sobre um “movimento muito forte nas casernas”, sobre o qual ele não poderia falar muito após ter conversado “longamente com o time de Bolsonaro. O ministro afirma, ainda, sentir que a situação pode acabar em “um conflito social na nação brasileira”.

Com a repercussão do áudio, o ministro decidiu tirar uma licença médica a partir desta segunda-feira (21). A decisão foi comunicada aos ministros do TCU que viram crimes no áudio de Nardes e pediram uma retratação pública.

O Ministro Augusto Nardes lamenta profundamente a interpretação que foi dada sobre um áudio despretensioso gravado apressadamente e dirigido a um grupo de amigos. Para que não pairem dúvidas, esclarece que repudia peremptoriamente manifestações de natureza antidemocrática e golpistas, e reitera sua defesa da legalidade e das instituições republicanas”, diz a nota do ministro.

“SÉRIO AGRAVO À LEGITIMIDADE”

A Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), junto ao Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), definiu o áudio como um “sério agravo à legitimidade democrática e ao ordenamento jurídico, em contexto também incompatível com a atuação da magistratura de Contas, que deve fidelidade absoluta às normas de regência”.

Em nota, as entidades que representam presidentes dos tribunais de conta e outros membros dos órgãos expressaram repúdio à fala de Nardes e reafirmaram o papel das Cortes de Contas “na defesa da democracia e das instituições republicanas, bem como a sua relevância em prol da boa e correta gestão governamental”.

A Atricon e o CNPTC ainda reiteraram que os tribunais atuam “com independência e impessoalidade, a fim de cumprir e fazer cumprir as regras e os princípios estabelecidos na Constituição Brasileira, à luz do Estado de Direito e do regime democrático”.


Deixe um comentário

TV JURINEWS

Apoio

Newsletters JuriNews

As principais notícias e o melhor do nosso conteúdo, direto no seu email.