O Tribunal de Contas da União (TCU) vai selecionar, aleatoriamente, 4.161 urnas eletrônicas em operação no dia da votação, para checar resultados com os boletins de urnas.
Essas auditorias não são apurações paralelas. Todas as etapas do trabalho têm ocorrido com total cooperação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma delas consiste em realizar testes amostrais em 4.161 urnas eletrônicas, em operação no dia da votação, para aferir a integridade dos boletins de urna (BUs). A integridade dos BUs é indispensável para a correta apuração dos votos depositados e a viabilização de recontagem e auditagem posterior.
A ação funcionará assim: vias impressas dos BUs serão recolhidas nas seções eleitorais pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que as encaminharão ao TSE. A Corte Eleitoral, por sua vez, as entregará ao TCU, para que seus auditores possam comparar a informação do documento físico com a disponibilizada pelo TSE na rede.
O TCU dará ciência ao TSE da amostra selecionada após a conclusão dos procedimentos de totalização e recebimento dos respectivos dados. Com essa ação, o Tribunal atestará que a informação exposta ao público na seção eleitoral é a mesma totalizada pelo TSE e que compõe o resultado final da eleição.
A Corte de Contas acompanhará o trabalho do TSE até a divulgação do resultado das eleições deste ano. A auditoria do trabalho da Justiça Eleitoral será feita com foco na transparência e na prestação de contas à sociedade.
O TCU tem realizado auditorias em todo o processo de votação brasileiro, seguindo rigorosamente os padrões internacionais expedidos pela Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (Intosai). Os auditores federais de controle externo que compõem as equipes são todos servidores concursados, estáveis e independentes.