A Universidade Federal de Sergipe (UFS) foi condenada a indenizar uma aluna que a acusa de transfobia. Brunna Nunes Barros, estudante de Design Gráfico, de 25 anos e identificada como travesti, relata ter passado por constrangimento após a UFS utilizar seu antigo nome, ignorando sua identidade de gênero.
Brunna, que já havia retificado seu nome civil para o feminino três anos antes de ingressar na universidade, foi referida repetidamente em e-mails pelo seu “nome morto”, aquele que costumava utilizar antes da mudança.
Mesmo tendo apresentado seus dados cadastrais para a matrícula com o nome “Brunna” e tendo sua lista de aprovação no vestibular corretamente identificada, a instituição exigiu documentos antigos dela.
A estudante conta ter recebido uma ligação solicitando os documentos antigos para não perder a vaga, o que a deixou revoltada, pois havia sido aprovada como “Brunna”. A defesa de Brunna alega que a administração da UFS alterou manualmente seu nome para o masculino no sistema, configurando um comportamento transfóbico.
A UFS foi condenada a pagar uma indenização de R$ 7 mil por danos morais à aluna. Brunna relata ter enfrentado um período de depressão e falta de vontade de sair de casa devido à situação. A universidade ainda poderá recorrer.
Durante o processo, a UFS alegou que não houve transfobia, justificando que ocorreu apenas uma falta de atualização do sistema interno. O UOL tentou entrar em contato com a UFS para comentar o caso, mas até o momento não obteve resposta.
A sentença ressalta a importância do respeito à identidade de gênero e destaca a necessidade de instituições educacionais garantirem um ambiente inclusivo e acolhedor para todos os seus estudantes.
Redação, com informações do Uol