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Grupo de trabalho é criado para combater a violência nas escolas em Santa Catarina

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Ana Cristina Borba Alves, juíza de direito atuante na Vara da Infância e Juventude em São José, Santa Catarina, ingressou no projeto que a ministra Rosa Weber, presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), criou.

O projeto consiste em proporcionar pesquisas e elaborar sugestões de medidas direcionadas à prevenção e combate à violência nas escolas. O objetivo é uma melhoria nas formas de lidar com os problemas sociais relacionados a conflitos e violência, com foco na promoção da harmonia na sociedade. 

De acordo com a juíza, a incidência crescente de casos de racismo, homofobia, misoginia e bullying nas escolas exige um projeto educacional para promover a paz no ambiente escolar.

“Em virtude da conjuntura dramática vivenciada nestes tempos, com os ataques registrados no Brasil, estamos presenciando o crescimento da violência ‘contra as escolas’, sob diversas formas. Nessa conjuntura, é preciso reforçar o apoio da comunidade às escolas, com a finalidade de fortalecer vínculos e construir novas formas de sociabilidade. Será um trabalho cujos frutos serão colhidos a longo prazo, mas extremamente necessário nestes tempos de disseminação de ódio”, afirmou a juíza do PJSC.

É importante ressaltar que Santa Catarina sofreu duas tragédias recentes em instituições escolares. Em maio de 2021, um indivíduo matou três crianças e duas funcionárias em uma escola infantil em Saudades, região Oeste do estado. 

Já em abril deste ano, uma creche em Blumenau foi alvo de um ataque, ocorrido na morte de quatro crianças. Ambos os incidentes chocaram o país e levaram o CNJ a criar o grupo de trabalho, com prazo de encerramento das atividades em 180 dias.

“É preciso reafirmar a ideia de que as escolas não são um lugar violento. Não é correto falar de ‘violência nas escolas’. A escola, segundo Paulo Freire, é ‘o lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos… Escola é, sobretudo, gente. Gente que trabalha, que estuda, que alegra, se conhece, se estima’”, concluiu a magistrada.

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