A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica (Cevid), do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), realizou a distribuição de absorventes às mulheres indígenas. Essa ação integra a campanha Dignidade Menstrual e visa beneficiar indivíduos pertencentes às comunidades guarani, kaingang e xokleng.
Um total de 4.320 absorventes foram entregues, que chegarão às áreas indígenas em todo o território estadual. O ato foi realizado dentro da programação do 5° Acampamento Terra Livre Sul (5º ATL Sul), junto com o lançamento das cartilhas sobre a Lei Maria da Penha em versões bilíngue, kaingang e guarani. O encontro reuniu na semana passada, na Aldeia Morro dos Cavalos, representantes de povos indígenas dos três estados do sul do país.
A Cevid foi representada no ATL pela juíza cooperadora técnica, Naiara Bracher, e pelas servidoras Michelle de Souza Gomes Hugill e Cibelene Piazza Ferreira. A campanha Dignidade Menstrual é desenvolvida pelo Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) a partir da iniciativa e organização da Cevid, Comissão Estadual da Infância e Juventude (CEIJ), Programa Novos Caminhos e Diretoria de Saúde do TJ, com apoio das comarcas catarinenses. Além de arrecadar absorventes, o objetivo da campanha é dar visibilidade às questões relacionadas à pobreza menstrual e combater a desinformação sobre o tema.
Em Major Vieira, a associação Aprisco foi beneficiada com a entrega de 448 unidades de absorventes. “Com esta ação aprendemos que, a despeito da facilidade da instituição em conseguir certos produtos que utilizam celulose, devido à existência de indústrias do gênero na região, isso não ocorre com absorventes, pois não são produzidos nas fábricas locais. Diante disso, ficou bastante claro como a campanha favorece a dignidade das meninas acolhidas e como um gesto aparentemente singelo faz uma grande diferença na qualidade de suas vidas”, destaca o juiz Lucas Chicoli Nunes Rosa titular da Vara da Família, Infância, Juventude, Idoso, Órfãos e Sucessões da Comarca de Canoinhas.
