O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em São Borja denunciou, na quarta-feira, 7 de junho, um servidor público por importunação sexual, assédio sexual e coação no curso do processo. Conforme o promotor de Justiça Laerte Kramer Pacheco, os crimes foram cometidos contra três colegas de trabalho entre 2021 e 2023.
Na denúncia, Pacheco explica que o denunciado, reiteradamente e prevalecendo-se da sua autoridade na condição de diretor de departamento de órgão público municipal, manteve contato físico com conotação sexual (abraços, apertos e toques) em desfavor de três servidoras lotadas no mesmo setor, além de causar constantes constrangimentos e intimidações no ambiente de trabalho. Em uma das situações, o denunciado encurralou uma das mulheres na cozinha do setor e usou de força para impedi-la de sair, enquanto pressionava seu corpo contra o dela e exigia que o olhasse nos olhos. Por diversas vezes, ele teria as beijado próximo da boca e abraçado de forma que pudesse tocar no corpo das vítimas. Em outra ocasião no mesmo período, consolidando a sua libidinagem, o denunciado passou a mão na barriga de uma vítima e disse: “Ah, se fosse minha”. Eram constantes, também, chamadas para “ir ao motel” e “dar uma volta”.
Ao descobrir sobre os boletins de ocorrência registrados pelas vítimas, o denunciado as ameaçou e tentou coagir outros servidores a desencorajá-las de prosseguirem com o processo. O servidor, como forma de inibir a reação das vítimas, passou a usar do fato de trabalharem com apenados, dizendo ser próximo de um traficante conhecido da cidade e alegando que ele próprio integrava uma facção criminosa.
Redação Jurinews, com informações do MP-RS