A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) decidiu negar os recursos movidos pelo Ministério Público e pela defesa do médico Leandro Boldrini. Os pedidos eram respectivamente para aumento de pena e anulação do júri. Com isso, Boldrini continua cumprindo a sentença de 31 anos e oito meses, estabelecida em março de 2023. Ele permanece em regime semiaberto no Presídio Regional de Santa Maria.
A análise dos recursos ocorreu em uma sessão virtual que teve início na última sexta-feira (23) e encerrou-se por volta das 19h desta quinta (29). Tanto o Ministério Público quanto a defesa não puderam acompanhar os cinco dias de análise processual.
O desembargador Rinez da Trindade atuou como relator das apelações e julgou os dois recursos como improcedentes. Seu voto foi respaldado pelo desembargador José Luiz John dos Santos e pelo juiz de Direito Thiago Tristão Lima.
A defesa do réu alegava a ocorrência de nulidades no julgamento. O primeiro júri do médico, em 2019, que culminou com sua condenação a 33 anos e oito meses de prisão, foi anulado no final de 2021. A Justiça entendeu que houve desigualdade de tratamento entre as partes durante o interrogatório do réu. Em 2023, Boldrini foi novamente condenado por homicídio quadruplamente qualificado de seu filho Bernardo Uglione Boldrini.
A promotora Lúcia Helena de Lima Callegari, que participou do segundo júri, expressou satisfação com a decisão desta quinta-feira:
“Nós precisamos encerrar este processo que já se arrasta por praticamente 10 anos. Leandro Boldrini teve sua condenação mantida, confirmando-se a responsabilidade que sempre foi afirmada pelo Ministério Público. O Tribunal de Justiça validou a regularidade do processo. Com isso, a justiça é feita e a sociedade sai engrandecida.”
Redação, com informações do GZH
