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NEGATIVA DE AUTORIA: Policiais militares são absolvidos no caso da morte de Giovanni Gabriel de Souza Gomes

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Os quatro policiais militares acusados da morte de Giovanni Gabriel de Souza Gomes foram absolvidos pelos jurados em uma sessão do júri popular que teve início na terça-feira (2) e foi concluída nesta quinta-feira (4). A defesa apresentou a tese da negativa de autoria, argumentando que os acusados não foram os responsáveis pelo homicídio de Giovanni Gabriel, ocorrido em junho de 2020.

Os réus Anderson Adjan Barbosa de Souza, Bertoni Vieira Alves, Valdemi Almeida de Andrade e Paullinelle Sidney Campos Silva foram todos absolvidos. A decisão dos jurados reflete o entendimento de que não havia provas para confirmar a participação dos acusados no crime.

O advogado de defesa Tito Canto destacou a importância da análise técnica realizada para comprovar a inocência dos policiais. “O principal elemento de prova que a acusação sustentou foi a de que a operadora de telefonia havia constatado que o aparelho celular do policial Bertoni Alves estaria no horário e localização exata da abordagem do jovem Gabriel por uma viatura policial. Após um trabalho técnico exaustivo, conseguimos provar aos jurados que essa informação não correspondia com a verdade. Provamos em plenário que os Policiais Bertoni, Andrade e Anderson estavam em outro local no momento da abordagem do jovem Gabriel”, afirmou Canto.

A advogada de defesa Milena Gama ressaltou que: “num caso tão sensível como este, a absolvição de Anderson, Bertoni, Andrade e Paullinelle Sidney, convida a uma séria reflexão sobre os pilares do sistema judicial e os princípios que regem a justiça. É lamentável que frequentemente seja exigido dos acusados provar sua inocência, ao invés de presumir a sua verdadeira inocência desde o início. Este caso enfatiza a importância vital de se conduzir investigações meticulosas e imparciais, onde a verdade deve ser buscada sem qualquer tipo de pressão política, suposições precoces ou vieses”.

A advogada Juliana Maranhão, que também integrou a equipe de defesa, destacou que “é essencial que investigações criminais sejam conduzidas com seriedade e baseadas em provas periciais seguras, não em meras conjecturas. Qualquer desvio desse padrão compromete a justiça e agrava o sofrimento de todos os envolvidos. Não podemos buscar alento para os familiares das vítimas à custa da condenação de inocentes”.

O caso, que gerou grande repercussão na sociedade, agora se encerra com a absolvição dos policiais.

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